terça-feira, 28 de maio de 2013

Vende-se a Libertadores! E não é uma metáfora!!!

Fernando Torres

Quanto vale o título mais desejado da história de um clube? A Copa Libertadores da América conquistada pelo Corinthians, em 2012, está à venda. Quem comprar não será considerado um campeão continental, mas poderá colocar no peito o símbolo da vitória histórica do Timão. Três medalhas ditas autênticas estão sendo oferecidas no Mercado Livre, tradicional site de negociações de objetos novos e usados. Segundo os vendedores, uma foi entregue a um jogador corintiano e as outras duas a membros da comissão técnica. Os preços? Bagatelas... R$ 8 mil, R$ 15 mil e R$ 60 mil.


No anúncio da medalha que custa R$ 8 mil, um torcedor questiona a origem da peça: “Qual jogador recebeu essa medalha???”. O vendedor rebate: “Identidade mantida em sigilo, por motivos pessoais”. Pensando bem, você revelaria o seu nome, se fosse atleta do Todo Poderoso e colocasse a medalha “no prego”?


Já a segunda oferta tenta seduzir algum louco do bando logo na descrição do produto: “Medalha ORIGINAL que consagrou os Jogadores e Equipe Técnica do TIMÃO em 2012, abrindo o caminho para a vitória do MUNDIAL. Oriunda de um dos membros da Equipe Técnica, cuja identidade é mantida em sigilo por motivos pessoais”. Gostou? R$ 15 mil... Uma pessoa tenta pechinchar: “1500 avista, aceita?” O vendedor apela para o lado sentimental para justificar o preço: “Grato amigo, é mto pouco pelo que esta medalha representa. Foram cunhadas apenas 50 unidades”.

A negociação por essa medalha continua e, sem querer, as partes revelam um o nome do outro. Interessado, o torcedor pergunta: “André conheço um cara da Conmebol que chama-se Dário, posso levar ele para ver a originalidade da medalha?” Na sequência, André, o anunciante, explica: “Sim Muriel, sinta-se a vontade em fazê-lo”.


Se foi difícil para o Corinthians faturar a Liberta de forma invicta, pode ser ainda mais para um apaixonado pelo time de Parque São Jorge levar pra casa as faces douradas da glória. De um lado, o troféu em alto relevo e a inscrição “Copa Santander Libertadores de América - Al Campeón 2012”. Do outro, o escudo da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Qual a maior barreira: superar adversários com Vasco, Santos e Boca Juniors ou arrematar a lembrancinha por R$ 60 mil? É tão alto que chega a confundir: “Oi amigo não seria 6.000,00?”, questiona um surpreso. “Bom dia amigo, não o valor esta correto , pois a medalha é de um jogador e não da comissão técnica”.


Acredite se quiser, pague se puder...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Melhores Shoppings de Miami, Fort Lauderdale e Orlando

Estava eu na fila para entrar na Embaixada dos Estados Unidos, no Centro do Rio de Janeiro. Pouco antes da entrevista para o visto, vem um jovem e me entrega este cartão de visitas...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Uma História que Roma ignora


Fernando Torres (Jornalista)

Viver a Cidade Eterna é um privilégio difícil de descrever. Durante uma semana, entre o fim de 2012 e início de 2013, estive em Roma – e, rapidamente, na cidade de Florença – para experiências incríveis. Do Coliseu ao Vaticano, com direito à Missa de Ano Novo celebrada pelo papa Bento XVI na Basílica de São Pedro, a capital italiana reserva um clima romântico, intimista e, por mais contraditório que possa parecer, cosmopolita.


Roma é preparada. Não encontrei ninguém que não falasse, no mínimo, inglês. Guias, turísticos e de turismo, mapas e souvenirs temperam ainda mais as visitas. Mas, no meio de tantos motivos para elogios, espaço para o ruim. Uma região repleta de História, clima único e cheia de atrativos é ignorada pelo turismo romano. Não há guichê, centro de atendimento ou gladiador fantasiado que o leve ao Foro Italiano.



Complexo arquitetônico construído entre 1928 e 1938, o local foi inaugurado como Foro Mussolini. Inspirado na parte mais antiga da cidade, erguida na época do Império Romano, esse conjunto de prédios e equipamentos esportivos é o maior símbolo fascista de Roma. Foi projetado por Enrico Del Debbio e Luigi Moretti para ser um parque de ode ao Fascismo, representado por seu mentor Benito Mussolini.



O Foro Italiano fica a 6 km da Praça São Pedro, no Vaticano. Uma hora de caminhada às margens do Rio Tevere (ou Tibre) leva a esse local carregado de energias: a pesada do sistema ditatorial representado e a gloriosa das conquistas olímpicas também ali protagonizadas. Na Ponte Duca D’Aosta, motivos militares decoram os pilares, que logo perdem espaço para um verdadeiro obelisco em homenagem a Mussolini. Teu nome está grifado, de cima para baixo, no enorme pilar. A partir deste ponto, são 200 metros de calçadas ilustradas por mosaicos que associam a vitória esportiva à força militar fascista, que foi uma espécie de nazismo italiano e, assim como a ideia de Hitler, sucumbiu na Segunda Guerra Mundial.



Mas a frieza não é a única a ter presença garantida. O Foro Mussolini foi o principal centro de eventos das Olimpíadas de 1960 e essa História também está marcada. Faz lembrar o etíope Abebe Bikila, campeão da maratona correndo descalço e primeiro atleta africano a conquistar uma medalha de ouro. Remete a Cassius Clay, pugilista norte-americano que, naqueles jogos, subiu no lugar mais alto do pódio na categoria meio-pesado. Quatro anos mais tarde, converteu-se ao islamismo e passou a ser Muhammad Ali.



A paz semeada por esses homens está eternizada na aura dos cinco anéis prateados, fixados nos prédios sóbrios, cor de barro. A maioria é usada por setores administrativos do Comitê Olímpico Italiano. Outros foram ocupados pela RAI, principal emissora de televisão do país, estabelecida no local para facilitar as transmissões a partir do Estádio Olímpico, monumento mais suntuoso do Foro e casa dos principais times da cidade: Roma e Lazio. Em um dos muros, aliás, encontrei a pichação da Ultras Lazio, torcida organizada neonazista conhecida por gestos racistas, como imitar macacos para agredir jogadores negros ou com origem africana. Nos arredores, ao sul do estádio, fica a quadra de tênis onde são disputadas as principais competições do país e o Aberto de Roma.



Pode não estar na capa dos guias nem nos cartazes das agências de turismo, mas o Foro Mussolini (Italiano) merece a visita!