O processo unilateral de produção jornalística, padrão internacional antes do surgimento da internet, está morto. Só não foi, completamente, sepultado no Brasil por causa das limitações tecnológicas enfrentadas pela maioria da população. Mesmo assim, o público dos veículos jornalísticos está mais exigente, obrigando maior preparo dos profissionais deste contexto.
Estudado nos bancos acadêmicos, o modelo tradicional de comunicação jornalística, no qual a mensagem é transmitida por um emissor e absorvida pelos receptores através de um canal, precisou ser revisto. Com a Web 2.0, este trajeto passou a ter uma estrada de volta. A via comunicacional ganhou mão dupla.
No jornalismo adaptado à realidade da web, emissor e receptor trocam de lugar o tempo todo. Quanto mais intenso for este diálogo, mais adequado estará o produto jornalístico – a notícia – ao seu consumidor. Quem ignora esta necessidade, fica a cada dia mais distante da seção de “Favoritos” do internauta.
A participação do público saltou o limite das “Cartas de Leitores”. Ele precisa estar, definitivamente, inserido do processo de escolha e hierarquização das notícias no espaço disponível. Este cenário é mais urgente na web, mas também pode ser transportado para as outras mídias. A interatividade proporcionada pelas novas tecnologias força o produtor de conteúdo a trazer seu internauta para dentro da empresa e “trocar idéias” com ele o tempo todo.
Criar alternativas de participação é apenas o primeiro passo, mas é importante. O leitor precisa ter, antes de qualquer outra discussão, ferramentas para imprimir, enviar e, principalmente, comentar as notícias. Porém, ficar somente nesta disponibilização de espaço é um erro grave. O interessante é monitorar a interatividade, repercutir a notícia a partir de um ponto de vista do usuário e aproveitar o conteúdo informativo enviado por ele, seja texto, áudio ou imagem (foto e vídeo).
O internauta quer ver sua contribuição sendo valorizada pelo veículo. Chamar pela participação do público e não dar seguimento ao processo seria um equívoco. Se o conteúdo “vai ao ar”, as sensações de satisfação e pertencimento tendem a aumentar. Com isso, evoluem o número de acessos e a fidelização. Se o usuário viu sua atenção sendo retribuída, ele próprio vai se encarregar de levar esta notícia – e a URL onde ela está inserida – à sua rede de contatos.
Bons exemplos da interatividade produtiva são o Youtube e a Wikipédia. Quem disponibiliza seus vídeos e informações nestes sites é o primeiro a enviar a “notícia” desta inserção à lista de afinidade. Entram aqui e-mail, sites de relacionamento, Twitter, blogs e afins. No contexto jornalístico, conhecer estes esquemas informativos e de compartilhamento, tirando proveito deles, se tornou obrigatório.
A falta de participação das redes e comunidades digitais no processo noticioso é uma atitude prejudicial a apenas um lado deste cenário: aquele em que nós, jornalistas, estamos inseridos.
2 comentários:
Parabéns, Fernando. Seu blog está muito bom. Você já é blogueiro profisisonal. Assim não vale. rs
abs
Jorge Antonio Barros, seu colega de curso do Knight
como é dificil conseguir com que você venha até mesquita para trazer o joão buracão em nossa rua que esta as moscas essa rua é bicuiba 456 se puder venha nois visitar estamos precisado de você aqui!!!!!!!
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